domingo, 22 de março de 2015

OS VINHOS TOSCANOS!

Toscana é uma das principais regiões vinícolas do mundo - ali tudo é propício para o desenvolvimento das uvas e, em decorrência, da viticultura, desde os campos até o clima. Em suma, um paraíso para os  enófilos.

Os principais vinhos da região são o "Brunello di Montalcino", o "Vino  Nobile di Montepulciano", o "Chianti" (representado pelo "gallo nero"), o "Vernaccia de San Gimignano" e os menos reconhecidos "Super Toscanos". 

Destes, apenas o Vernaccia de San Gimignano é branco - o único vinho branco respeitado da região, já que os tintos são os melhores, mais famosos e mais conhecidos internacionalmente. Vale destacar: os brancos não são feitos com uvas típicas da região.

O mais valorizado dos vinhos tintos toscanos é, indiscutivelmente, o "Brunello di Montalcino". A sua produção é cuidadosa: feito inteiramente das uvas sangioveses, é envelhecido por pelo menos 04 (quatro) anos. Das sobras de uvas, é feito o seu "primo" menos famoso: o "Rosso di Montalcino".

No tocante ao Chianti, algumas explicações são necessárias. Primeiro, há de se destacar que "Chianti" era o designativo da região localizada entre o sul de Florença e o norte de Siena - é a zona original. Após, houve uma expansão do nome, para alcançar áreas centrais da Toscana. Hoje, a área original, entre Florença e Siena, é chamada de "Chianti Classico".

A marca do Chianti Clássico. O Galo Negro.

No que se refere aos Chianti, os vinhos clássicos, que possuem o galo negro como símbolo nos rótulos, são considerados os melhores. Todos os vinhos Chianti são regulamentados, sendo obrigatório pelo menos 75 a 80% de uva sangiovese na composição. O mais caro é o que advém do estoque chamado "riserva".

Os barris.
Por sua vez, o "Vino Nobile di Montepulciano" é um intermediário entre o "Brunello" e o "Chianti". É menos ácido que o último e mais suave que o primeiro. Assim como o Brunello, tem uma versão mais barata: o "Rossi di Montepulciano".

Os Super Toscanos são criticados justamente por não terem uma identidade característica toscana - usam uvas de outras regiões, como a "cabernet sauvignon" e a "merlot". A origem dos "Super Toscanos" é a década de 70, época em que muitos produtores revoltaram-se contra as imposições de regulação dos vinhos toscanos. Passaram, com isso, a misturar e a envelhecer vinhos de maneira inovadora. São menos valorizados, mas alguns são muito apreciados, a exemplo do Sassicaia e o Tignanello.

A Itália atribui rótulos de qualidade aos vinhos: o IGT, o DOC e o DOCG.

O DOC (Denominazione d´Origine Controllata) indica que o vinho precisa ser produzido numa região específica, com um regramento próprio, que inclui a variedade de uva e técnicas de viticultura.

Por sua vez, o DOCG (Denominazione d´Origine Controllata e Garantita) é o selo de maior prestígio. Somente 08 (oito) vinhos na Toscana possuem tal honraria (44 na Itália): Brunello di Montalcino, Carmignano, Chianti, Chianti Classico, Morelino di Scansano, Vernaccia di San Gimignano, Vino Nobile di Montepulciano e Elba Aleatico Passito.  São os produzidos em subterritórios de áreas DOC.

Já o IGT (Indicazine Geografica Típica) é a categoria dos supertoscanos. São de alta qualidade, mas não tem as características DOC ou DOCG.

A Toscana, de olho no mercado turístico, criou "stradas del vino". São várias, a exemplo da "Strada del Vino Nobile di Montepulciano" ou "Strada Del Vino Costa Degli Etruschi", que são duas das principais. Todas têm, em comum, mapas, itinerários, sendo possível degustar vinhos em "cantines" (adegas) e "enoteches" (bares de vinhos). Vale a pena alugar um carro ou mesmo fazer a rota por bicicleta.

Enfim, uma síntese do que há de melhor em vinhos toscanos. Aproveite e curta cada momento de prazer em terras toscanas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário